A Silopor é uma empresa estratégica para o país, armazena mais de metade do cereal consumido em Portugal. Os trabalhadores estão agora a ser confrontados com a decisão do Governo de avançar com o processo de liquidação, garantindo a operação sem dar garantias sobre a manutenção em vigor do Acordo de Empresa, que garante, a todos os trabalhadores, progressão na carreira e direitos conquistados. Por isto, o CESP solicitou uma audiência com o Presidente da República.

A Silopor está em processo de liquidação há 25 anos, e esse processo parece estar agora a chegar ao fim. O CESP foi informado pelo Governo que a actividade e os trabalhadores da Silopor serão transferidos para uma empresa nova

Os trabalhadores da Silopor têm, desde sempre, um Acordo de Empresa que salvaguarda as suas condições de trabalho e carreiras profissionais. Pretendemos que o Governo nos garanta a transferência deste Acordo de Empresa, com todos os direitos já conquistados pelos trabalhadores, para a empresa nova — mas o Governo mantém-nos sem respostas!

O CESP e os trabalhadores da Silopor consideram que esta empresa deve continuar em funcionamento, e o decreto-lei da liquidação deve ser revogado — visto que a empresa continua a apresentar resultados positivos anualmente — e o contrato de concessão para operação em terminal portuário deve ser prolongado até ao limite dos 75 anos, à semelhança do que já aconteceu com outras empresas a operar nos terminais portuário de Portugal.

Como o Governo não dá respostas ao CESP, representante dos trabalhadores da Silopor, solicitámos reunião à Presidência da República, visto que o processo legislativo em torno da empresa também terá de passar por lá.

Os trabalhadores decidiram avançar com greve ao trabalho suplementar na semana de 17 a 23 de Fevereiro.

Fonte: CESP