A proposta apresentada pelo Governo para os aumentos na Administração Pública mantém a lógica da perda de rendimentos e do poder de compra de todos os trabalhadores, também dos enfermeiros.
É inaceitável que Governo afirme que a sua proposta encerra uma valorização global de 5,1% quando neste valor inclui, para além da atualização da base remuneratória, o aumento de 52€, o aumento anual equivalente remuneratória (cerca de 52€) ou de um mínimo de 2% para todos os trabalhadores e, o que não está expresso, a admissão de 15 mil trabalhadores, segundo alguns economistas.
É inaceitável que a proposta do Governo proponha aumentos de 2% para trabalhadores com salário bruto acima dos 2700€ penalizando-os duplamente já que são estes que também mais pagam IRS, face à progressividade deste imposto.
Finalmente, ainda que os impactos das medidas do Governo possam atingir os cerca de 1,2 mil milhões de euros, prevê-se um retorno aos “cofres do Estado” de cerca de metade daquele valor depois da dedução dos impostos.
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Fonte: SEP