Para os trabalhadores os aumentos são sempre a subtrairNa reunião de hoje, a administração da Infraestruturas de Portugal apresentou uma proposta de actualização salarial em de 2%, garantindo no mínimo 52 euros, sem prejuízo dos trabalhadores que serão abrangidos pelo salário mínimo nacional e de 1320 euros para o nível base dos técnicos.Justifica esta proposta com as orientações do despacho do Ministro das Finanças que impõe um aumento máximo da massa salarial (que inclui as promoções, os aumentos do SMN e outros compromissos anteriormente assumidos).

Com esta proposta a administração não está a aumentar o poder de compra dos trabalhadores, antes pelo contrário está a reduzi-lo. Se compararmos as actualizações do ano passado e as previsões de inflação para este ano e a proposta ora apresentada, concluímos que, em média, os trabalhadores da IP perderiam cerca de 10% do seu poder de compra.

A comissão negociadora dos sindicatos da CGTP-IN – SNTSF/FECTRANS e FNSTFPS – transmitiu à administração que a proposta apresentada não dá nada aos trabalhadores, antes pelo contrário, representa uma nova redução do poder de compra, num quadro em que os preços dos bens essenciais, dos combustíveis, da electricidade e do gaz, dos empréstimos para habitação e das rendas aumentam, o que certamente agravará as suas condições de vida.

A administração/governo lançou um desafio aos trabalhadores da IP - o de se conformarem com o discurso de que não podem dar mais, ou o de se mobilizarem e lutarem para tentarem alterar a situação e defenderem a dignificação dos seus salários e a valorização profissional.

A próxima reunião será no dia 31 de Janeiro.

Fonte: FECTRANS