Trabalhadores da Dia / Minipreço em luta contra o Despedimento Colectivo

Em defesa dos postos de trabalho

Trabalhadores do Dia Minipreço concentraram-se junto à sede da empresa no dia 25 de Julho, em luta contra o despedimento colectivo, em defesa dos postos de trabalho e contra o encerramento de lojas.

A empresa Dia Portugal comunicou aos seus trabalhadores a intenção de proceder ao despedimento colectivo de cerca de duzentos trabalhadores e ao encerramento de mais de vinte lojas.

Os trabalhadores consideram:

A situação financeira da empresa é o resultado de uma má gestão, que particularmente desde 2012 tem vindo a desenvolver políticas de desinvestimento na qualificação e valorização dos trabalhadores e das lojas, com a desvalorização acentuada dos salários e o brutal desinvestimento na requalificação e manutenção das lojas;

Esta gestão, por via de um modelo de negócio incompreensível e ruinoso (a chamada “terceirização”) tem vindo a degradar a situação financeira, assim como a denegrir a imagem da empresa perante os clientes e a opinião pública;

Esta “terceirização”, além de destruir postos de trabalho e desperdiçar valiosos recursos humanos, prejudica a imagem da empresa, com constantes aberturas e encerramentos, alterações de pessoal, produtos e tipos de gestão em curtos espaços de tempo, que deixam os clientes desconfiados da seriedade e da qualidade do serviço prestado;

Trabalhadores da Dia Minipreço em luta contra o Despedimento ColectivoA todas as medidas que a empresa implementou ou pretende implementar, os trabalhadores são alheios. Pelo contrário, é mais que reconhecido o papel fundamental que estes têm na fidelização de clientes e na criação de riqueza em todos os locais de trabalho do país. Aliás, os trabalhadores das lojas e armazéns de todo o país, sempre alertaram para o prejuízo que as políticas de gestão têm trazido à empresa e aos trabalhadores;

Num momento em que a situação nacional exige medidas no sentido de valorizar o emprego, o trabalho e os trabalhadores, a empresa Dia Portugal segue no sentido contrário, desperdiçando recursos humanos e financeiros que serão canalizados para a destruição de postos e locais de trabalho, descredibilizando ainda mais a imagem da empresa no nosso país;

O CESP continua a aguardar esclarecimentos sobre todo este processo, nomeadamente:

- Qual o número exacto de postos de trabalho e extinguir.

- Que medidas tomou a empresa para recolocar todos os trabalhadores noutros locais de trabalho.

- Quais os critérios adoptados na definição das lojas a encerrar e dos trabalhadores a despedir, considerando a existência de trabalhadores em formação, com contrato de trabalho temporário e a prazo.

- Vai a empresa encerrar definitivamente mais de 20 lojas? Ou vai terceirizar as mesmas já livres de trabalhadores?

- Decidiu a Dia Portugal reduzir a sua cota de mercado proporcionalmente ao número de lojas e áreas que agora decide encerrar?

- Qual a verdadeira situação económica da empresa e o impacto destas medidas na mesma?

- Que mais medidas estão pensadas para viabilizar definitivamente a empresa em Portugal?

Os trabalhadores, concentrados esta manhã junto à sede da empresa, no dia 25 de Julho, exigiram a manutenção de todos os postos de trabalho e decidiram convocar greve para 4 de Agosto de 2022.

FONTE: CESP