Greve da Saúde Mostra Profundo Descontentamento
dos Trabalhadores com o Governo

Adesão entre 80 a 90%

Não restam dúvidas quanto à forte adesão à greve que se verificou nas Unidades de Saúde da Região Centro, com particular impacto nos Centros Hospitalares.

A grande maioria dos serviços e valências dos Centros Hospitalares dos distritos de Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu funcionaram no regime de serviços mínimos verificando-se, simultaneamente, o encerramento de muitos serviços não essenciais, tais como Consultas Externas, Cirurgias Programadas; Serviços Administrativos e de Apoio à Gestão, Recepção e Atendimento ao Público, etc.

A greve fez-se notar, também, na maioria dos Centros de Saúde, com o seu encerramento ou, nos casos em que funcionaram, com grande parte dos serviços com manifesta falta de pessoal.

Os trabalhadores da Saúde foram claros ao afirmar o seu combate à falta de medidas do Governo que valorizem as carreiras profissionais e aumentem os salários, cada vez mais urgentes e necessários no actual contexto de forte aumento dos preços e do custo de vida que, a cada dia que passa, empobrece quem depende do seu salário para viver.

Condicionamento ao exercício do direito à greve

Para além da falta de resposta do governo às suas reivindicações, os trabalhadores viram-se confrontados com a tentativa de condicionamento da greve por parte de algumas administrações de Centros Hospitalares, nomeadamente o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, que no próprio dia da Greve, 1 de Julho, aprova uma deliberação em que manda aplicar Serviços Mínimos decididos pelo Tribunal Arbitral do CES num acórdão em que o CHUC não foi parte oponente.

Ou seja, os Serviços mínimos válidos nesta greve foram os propostos no aviso prévio de greve da Federação Nacional dos Sindicatos em Funções Públicas e Sociais divulgado a 08.06.2022, que o CHUC não respeitou.

Para além deste condicionamento verificaram-se também tentativas de pressão e de substituição de trabalhadores.

Os trabalhadores da Saúde mostraram ao Governo de maioria absoluta do PS que vai continuar a contar com a sua firme oposição e luta à falta de políticas que defendam o SNS, os trabalhadores, as suas carreiras profissionais, os seus salários e que melhorem as suas condições de vida .

Fonte: STFPSC