Elevada adesão à Greve Nacional nas cantinasA greve que está a decorrer hoje dos trabalhadores das cantinas, refeitórios, fábricas de refeições, áreas de serviço e bares concessionados tem uma grande adesão.

Os dados apurados até esta hora confirmam que mais de duas centenas de cantinas escolares do 1.º e 2.º ciclo estão encerradas com adesão de 100%. Há um grande impacto devido à greve, pois algumas escolas não estão a funcionar e muitas vão encerrar da parte de tarde.

Há também uma grande adesão nas cantinas dos centros de formação profissional do IEFP e há hospitais com apenas serviços mínimos.

No setor industrial, há grandes adesões em algumas cantinas, mas, globalmente, a adesão é menor.

Realizaram-se concentrações de protesto na sede e delegações da AHRESP, onde foi aprovada e entregue uma moção onde se exige:

  • Aumentos salariais justos e dignos;
  • Valorização das carreiras profissionais;
  • Respeito pelos direitos dos trabalhadores;
  • Negociação imediata do contrato coletivo de trabalho e a manutenção de todos os direitos nele consagrados;
  • Os trabalhadores decidem ainda e desde já, caso não haja uma resposta positiva às suas reivindicações, mandatar os sindicatos para convocarem novas formas de luta.

 

Moção

aprovada pelos trabalhadores das cantinas, refeitórios, fábricas de refeições, áreas de serviço e bares concessionados, em greve, concentrados na sede e delegações da AHRESP no dia 10 de dezembro de 2021

Considerando que:

  • A associação patronal AHRESP tem vindo a adiar sucessivamente as reuniões de negociações para a revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) das cantinas, refeitórios, fábricas de refeições, áreas de serviço e bares concessionados;
  • A associação patronal AHRESP arrasta o processo negocial de revisão do CCT das cantinas desde 2004;
  • A associação patronal AHRESP insiste na retirada de direitos, designadamente retirar o subsídio noturno, reduzir o valor do trabalho suplementar, do trabalho prestado em dia de folga e em dia feriado, impor banco de horas e horários concentrados, impor transferências abusivas e polivalências desqualificativas e desvalorizativas, entre outros.
  • As empresas que exploram cantinas, refeitórios, fábricas de refeições, áreas de serviço e bares concessionados pagam salários muito baixos;
  • O setor continua a crescer designadamente nas áreas hospitalar, escolar e social;
  • A associação patronal AHRESP recusa negociar salários justos e dignos;
  • A proposta de aumentos salariais é inaceitável e coloca a esmagadora maioria dos trabalhadores a receberam praticamente o salário mínimo nacional.

Assim, os trabalhadores das cantinas, refeitórios, fábricas de refeições, áreas de serviço e bares concessionados em greve, concentrados frente à sede e delegações da AHRESP, no dia 10 de dezembro de 2021, manifestam o seu repudio pelas posições da AHRESP e exigem:

  • Aumentos salariais justos e dignos;
  • Valorização das carreiras profissionais;
  • Respeito pelos direitos dos trabalhadores;
  • Negociação imediata do contrato coletivo de trabalho e a manutenção de todos os direitos nele consagrados;
  • Os trabalhadores decidem ainda e desde já, caso não haja uma resposta positiva às suas reivindicações, mandatar os sindicatos para convocarem novas formas de luta.

Lisboa, 10 de dezembro de 2021

Os trabalhadores

Fonte: FESAHT