enfermeiros leiria 640Os enfermeiros do Centro Hospitalar de Leiria exigem o ajustamento previsto na lei desde 2018.

Esta manhã, houve um protesto simbólico, mas os enfermeiros ameaçam sair à rua em força, se o problema não for resolvido.

Declarações de Rui Marroni, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

SIC - Primeiro Jornal

 

Nota à Imprensa enviada ontem pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:

A Administração do Centro Hospitalar de Leiria não só não resolve, como agrava situações de injustiça para com os enfermeiros!
AÇÃO DE DENÚNCIA, junto à ENTRADA PRINCIPAL do HOSPITAL DE LEIRIA
CONFERÊNCIA DE IMPRENSA, às 12 horas - 7 julho

Há mais de 2 anos que temos exposto e reunido com o Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) - que integra as unidades hospitalares de Pombal, Leiria e Alcobaça - para tentar resolver um conjunto de problemas que afetam os enfermeiros, mas para os quais, os responsáveis institucionais continuam sem apresentar propostas de resolução.

Apesar das situações injustas por resolver, no decurso da Pandemia do Covid-19, os enfermeiros demonstraram a sua dedicação e abnegação e, com sacrifício da sua vida pessoal e familiar estiveram na linha da frente, apesar do CA e o governo não as terem resolvido e até nalgumas situações terem agravado as injustiças.

Face ao agravamento das situações problemáticas neste Centro Hospitalar, enviámos uma carta, a 19 de maio, ao Presidente e ao CA, onde reafirmámos o conjunto de problemas já reportados e as injustiças daí decorrentes sentidas pelos enfermeiros, para as quais apresentou propostas de resolução e disponibilidade para reunião conjunta.

Em resposta, o Presidente do CA enviou-nos ofício, reconhecendo o empenho e dedicação dos enfermeiros, mas não assume a resolução dos problemas reportados, tendo-se escudado na legislação e na falta de autorização da tutela/ Ministério da Saúde. Para além disso, não apresentou qualquer proposta ou plano de resolução de problemas, designadamente dos que poderia resolver de imediato. Destacamos:

• A correta contabilização de pontos e reposicionamento remuneratório dos enfermeiros, muitos dos quais a exercerem há mais de 20 anos e injustamente, a auferirem o mesmo salário mensal que os colegas que terminam o seu 1.º mês de trabalho;

• Valorização de todos os Enfermeiros Especialistas, incluindo colegas que têm assumido a chefia de serviços, através da sua transição para a respetiva categoria, decorrente da alteração da Carreira de Enfermagem, em vigor desde 1 junho de 2019;

• Reorganização dos horários de trabalho unilateralmente alterados há 2 anos e a consagração de 30 minutos, como Período de Passagem de Turno como serviço efectivo - apesar de não ser considerado, nem pago esse tempo, os enfermeiros sempre asseguraram a transmissão de informação nas substituições das equipas dos diversos Serviços, para garantirem a segurança dos cuidados aos utentes.

É incompreensível que quer a Administração, quer o governo reconheçam publicamente que os enfermeiros são imprescindíveis e foram e continuam a ser determinantes no combate à Pandemia, e não assumam a resolução das injustiças que se agravam com o arrastamento das mesmas.

Neste contexto e dado que entretanto não houve resposta, nem agendamento de reunião ou o compromisso de resolução de alguns dos principais problemas que reportámos no último ofício ao CA, decidimos expor publicamente estas situações injustas e agendar para amanhã, dia 7 julho, UMA AÇÃO DE DENÚNCIA, junto à ENTRADA PRINCIPAL, do HOSPITAL DE LEIRIA, através de uma CONFERÊNCIA DE IMPRENSA, às 12 horas, para a qual convidamos os Senhores Jornalistas.