Os refeitórios e bares dos hospitais de Faro e Portimão  estiveram encerrados, na passada sexta-feira, 29 de Novembro, em consequência da greve dos trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados das escolas e hospitais.

Em algumas escolas do ensino básico do Algarve também se fizeram sentir os efeitos do protesto, como aconteceu nas escolas da Conceição e N.º 5, em Faro, e na Ameijeira, em Lagos, onde os refeitórios também não funcionaram.

Os trabalhadores das cantinas, refeitórios e bares concessionados das escolas e dos hospitais cumpriram, no dia 29 de Novembro, um dia de greve nacional, em protesto contra a falta de condições de trabalho, a degradação das instalações e os baixos salários, que estão a por em causa a qualidade do serviço e a saúde e segurança dos trabalhadores.

Com esta luta, que teve uma grande adesão a nível nacional e contou com protestos em frente à Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e do Ministério da Saúde, os trabalhadores exigem das empresas concessionárias e do Governo: o preenchimento dos quadros de pessoal, de acordo com o previsto nos cadernos de encargos; condições mínimas de trabalho, designadamente no que toca a utensílios, equipamentos e produtos, bem como fardas, batas, casacos, luvas e calçado adequado; a melhoria dos cadernos de encargos que assegurem cargas horárias mínimas de 25 horas semanais, cozinheiras com a categoria de 1.ª, preparadoras, despenseiras e encarregados de refeitório, bem como contratos por tempo indeterminado de todos os trabalhadores e fiscalização efectiva dos cadernos de encargos pela DGEstE; garantias dos postos de trabalho, vínculos, cargas horárias, categorias e demais direitos no caso de descentralização das competências para as autarquias; a contratação directa de todos os trabalhadores sem recurso ao trabalho temporário e passagem ao quadro de efectivos de todos os trabalhadores; classificação dos trabalhadores de acordo com as funções que efectivamente exercem; reclassificação de todas as empregadas de refeitório como preparadoras; aumentos salariais justos e dignos, com garantia de 90 euros de aumento no salário de todos os trabalhadores com efeitos a 1 de Janeiro de 2020.

O Sindicato da Hotelaria do Algarve manifesta a sua total solidariedade com a luta destes trabalhadores, apela à sua sindicalização e ao reforço da sua organização nos locais de trabalho e afirma o seu empenhamento na continuação da exigência às empresas concessionárias e ao Governo de medidas urgentes para corrigir os graves problemas existentes neste sector e a melhoria dos salários. Se as empresas e o Governo não responderem às reivindicações dos trabalhadores não resta outra alternativa que não seja a intensificação das formas de luta.

FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve