O SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras considerou que os trabalhadores imigrantes ilegalmente despedidos do Restaurante Miradouro Ignez podem trabalhar em paz sem quaisquer problemas,

O trabalhador e delegado sindical, que estranhamente foi identificado e detido pela PSP no local de trabalho, compareceu hoje de manhã no SEF para aferir a sua situação em Portugal, conforme notificação que na altura recebeu da PSP.

A direção do sindicato acompanhou o trabalhador para ajudar a esclarecer a situação deste junto deste organismo.

O SEF foi muito claro: o trabalhador em causa preenche todos os requisitos para poder trabalhar em Portugal, na medida em que registou a sua manifestação de interesse e a sua situação de regularização definitiva corre os seus tramites legais.

Acompanhado pelo sindicato, o trabalhador deslocou-se de seguida ao estabelecimento, mas o patrão não estava no local e mandou dizer que não sabia o tempo que demoraria, com o único objetivo de não ser confrontado com a decisão do SEF.

Recorde-se que o Restaurante Miradouro Ignez, concessionado pela Câmara Municipal do Porto à sociedade Varandas Nómadas, Ld.ª, cujo sócio gerente é Mário Filipe Pinheiro Torres Vieira Gregório, despediu ilegalmente três trabalhadores imigrantes, como retaliação por estes terem realizado uma greve nos dias 1 e 2 de abril na defesa do pagamento pontual dos salários e de outros direitos.

A direção do sindicato aguarda, agora, que as autoridades competentes obriguem o patrão deste restaurante a reintegrar de facto e de imediato os três trabalhadores ilegalmente despedidos.