portalegreA União dos Sindicatos do Norte Alentejano (USNA/CGTP-IN) esteve em Elvas no passado dia 31 de Outubro, onde contactou com diversos trabalhadores de várias empresas e unidades de hotelaria e restauração da cidade.

De acordo com Helena Neves, coordenadora da USNA/CGTP-IN, esta acção realizou-se no âmbito da "Campanha dos Direitos", que é "uma campanha que foi criada pela CGTP neste mandato" e visa "esclarecer os trabalhadores de todos os locais de trabalho, tanto do sector público como do privado", sendo que, por outro lado, serviu também para "divulgar a manifestação nacional que vai decorrer no próximo dia 15 de Novembro", em Lisboa.

Na recta final desta jornada, a equipa da USNA/CGTP-IN esteve junto às instalações da Marktel, na Boa-Fé, o que acabou por não agradar aos responsáveis da empresa.

"Estávamos em contacto com os trabalhadores da Marktel e os supervisores da unidade entenderam que nós não podíamos estar aqui. Uma coisa é 'não dever estar aqui porque eles entendem que não devemos, outra coisa é dizer que 'não podemos'. Isso nós não podemos permitir.

Portanto, nós chamámos a PSP no sentido de esclarecer, porque nós entendemos, e é o que nos diz a nossa organização, que, embora o estacionamento comum seja privado, é do usufruto público. Ou seja, as pessoas podem usá-lo livremente para irem ao supermercado ou a outros locais que estejam aqui perto. Se é do usufruto público, nenhuma pessoa, quanto mais uma organização sindical como a CGTP, pode ser impedida de estar aqui", explicou Helena Neves.

Segundo a responsável, "ninguém estava a impedir o funcionamento da empresa nem a prejudicar nada", mas "apenas a contactar os trabalhadores no seu intervalo".
"São trabalhadores com algum nível de precariedade, salários baixos, e, portanto, nós achámos que era uma bom momento para vir junto deles, não só para divulgar o 15 de Novembro mas também os direitos fundamentais que eles têm direito", acrescentou.

A maioria dos funcionários da Marktel são espanhóis, no entanto, há que ter em conta as leis laborais portuguesas. Para além disso, a União dos Sindicatos do Norte Alentejano, "estando situada num território transfronteiriço, está em ligação" com "os sindicatos espanhóis".
"É de todo legítimo nós estarmos aqui a comunicar e a esclarecer os trabalhadores portugueses e os espanhóis também", afirmou Helena Neves.

FONTE: LINHAS DE ELVAS