Os trabalhadores da multinacional americana General Cable CelCat vão paralisar quatro horas por turno (duas horas ao início e de duas horas ao fim de cada turno) de 25 a 28 de Outubro.

Amanhã, 25 de Outubro, às 8 horas, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, estará com os trabalhadores desta empresa, em Morelena, concelho de Sintra.

Esta greve foi convocada para exigir aumentos salariais; contra a jornada de trabalho de seis dias com laboração de sete horas seguidas sem período de descanso\refeição imposta ao primeiro turno; pela revisão de cláusulas referentes a férias; pelo pagamento do trabalho complementar, subsídios de alimentação e anuidades contidas no Acordo de Empresa.

A direcção da empresa continua a ter uma postura intransigente na negociação facto que têm agravado este conflito laboral e que têm obrigado os seus trabalhadores a elevarem o seu descontentamento com a convocação da sexta greve este ano.

O SIESI ao longo deste processo que tanto têm prejudicado os trabalhadores da empresa sempre afirmou a sua disponibilidade para a resolução deste conflito bastando para isso que a direcção da empresa esteja de uma forma séria na negociação e que apresente propostas que até á data nunca foi feito.

A CelCat tem instalações fabris na Avª Marquês de Pombal, em Morelena, concelho de Sintra, emprega 270 trabalhadores e fabrica cabos elétricos para transporte de energia e de telecomunicações, que exporta quase na totalidade, sendo uma empresa líder do sector com e uma grande carteira de clientes e uma produção que têm vindo a crescer exponencialmente nos últimos anos.

A estratégia da CELCAT de não ouvir as reivindicações dos seus trabalhadores insere-se em uma ofensiva generalizada das empresas deste sector, de aumentar a jornada de trabalho para 6 dias não respeitando o tempo de descanso dos seus trabalhadores e do congelamento dos salários.